Essenciais para garantir a boa funcionalidade dos móveis, os puxadores são uma das ferramentas que mais merecem a atenção dos fabricantes.
Isso porque, além da praticidade, eles também cumprem um papel estético importante nas peças.
Conhecidos como os “acessórios do móvel”, eles podem ser personalizados adicionando um toque único ao mobiliário enquanto contribuem para a decoração dos ambientes.
“Existe uma grande variedade de puxadores, com tamanhos, estilos, materiais e acabamentos diferentes para atender às preferências e necessidades de cada pessoa”, explica Vanessa Nicolete, sócia da Donna Ferragens, empresa especializada em acessórios para móveis.
Tipos de puxadores para móveis
E, dentre tantas possibilidades, há três principais modelos que se destacam no mercado: o puxador aplicado sobreposto, o puxador embutido e o puxador em perfil.
“Entre os modelos aplicados de forma sobreposta, temos as alças, que são instaladas na vertical ou horizontal; os pontos, com ampla variedade de formas e estilos, combinando com qualquer ambiente; e as conchas, que também tem ampla aplicação, mas com certa predileção pelo uso em cozinhas”, esclarece Vanessa.
“Já quando o assunto é puxador embutido, eles exigem um recorte na superfície do móvel. Dessa forma, o puxador fica no mesmo nível do restante da superfície”, continua a especialista no assunto, acrescentando que essa é uma solução eficiente para situações em que é necessário transpassar portas ou quando a área de circulação é pequena.
“Por fim, os puxadores em perfil geralmente são a melhor opção para aplicações no topo da gaveta ou da porta. Eles são longos e estreitos, podendo se estender ao longo do móvel ou não, e oferecem um design mais minimalista”, comenta Vanessa.
Ainda de acordo com a empresária, para definir o melhor tipo de puxador para cada móvel é preciso levar em consideração as preferências pessoais e o resultado visual desejado.
“Aconselho que se leve em consideração o estilo geral da decoração do ambiente, sendo os mais comuns o clássico provençal, o industrial, o minimalista e o escandinavo. Depois de avaliar isso, também é preciso pensar na funcionalidade e na ergonomia, que são importantes pois puxadores com uma pega mais confortável funcionam melhor para móveis de uso frequente, como a cozinha.”
Escolha dos puxadores e dicas de instalação
Para Vanessa, na hora de fazer essa escolha também é importante considerar o material e o acabamento, afinal, cada um vai apresentar diferentes tipos de durabilidade e de resistência ao desgaste.
Além disso, também é imprescindível avaliar o local onde se pretende aplicar a ferragem.
“Por exemplo: puxadores que possuem elementos naturais, como couro, não são adequados para áreas úmidas. Da mesma forma, é preciso ter cuidado na escolha para quartos infantis, pois, nesses casos, os puxadores não devem ter pontas, quinas e nem correr qualquer risco de alguma peça se desprender.”
Outra dica da especialista é que, apesar de existirem fatores que ajudam na escolha dos puxadores (especialmente quando envolve segurança e ergonomia), também é preciso avaliar o aspecto visual das ferragens, considerando o gosto pessoal dos clientes.
“Costumo dizer que hoje tudo está muito democrático, pode cair bem puxadores grandes que pegam quase toda a extensão de uma porta ou gaveta, ou mesmo um ponto pequeno numa frente ampla e há várias misturas de cores e estilos. Ou seja, o que importa mesmo é a preferência estética pessoal, e que o resultado final gere satisfação”, conclui a empresária.
E, quando o assunto é o design dos puxadores, a Vanessa conta que atualmente os mais procurados pelo mercado são os minimalistas, especialmente ferragens sem puxadores aparentes.
“Para alcançar esse objetivo e deixar o design do ambiente mais clean existe o sistema push-to-open, também conhecido como sistema fecho toque”, explica. “Esse sistema funciona por meio de corrediças, dobradiças e articuladores que possuem mecanismos que, quando você pressiona a porta ou a gaveta, são ativados, empurrando para fora e permitindo que você abra o restante do móvel de forma total”, continua a especialista, acrescentando que isso pode ser feito de forma mecânica, simples ou com automação.
No entanto, Vanessa alerta: há quem entenda que, com o passar do tempo, os puxadores que possuem sistema push-to-open podem apresentar problemas, se aplicados em móveis com alto uso, porém, isso é uma meia-verdade.
“Na realidade, existem no mercado vários produtos de baixa qualidade. No entanto, quem optar por ferragens de marcas que possuem know-how não terá problema algum”, destaca a empresária. “Além da escolha da marca certa, também é preciso se atentar às peculiaridades na instalação desses puxadores”.
Por fim, outro modelo que está em alta no mercado são os puxadores cava.
“Essa opção consiste em esculpir na própria madeira da borda ou da superfície do móvel uma pega, criando uma cava que funciona como um espaço para puxar a porta ou a gaveta”, comenta a especialista, acrescentando que essa também é uma opção minimalista.
Mas, ao optar pelos puxadores cava, é preciso se atentar a dois problemas: o primeiro é que nem sempre é possível criar uma pega ampla e confortável e o segundo é o desgaste que acaba sendo causado pelo contato direto com a madeira com mãos molhadas ou oleosas.
“Por isso na hora de escolher um puxador é essencial pensar em todas essas possibilidades para garantir, além de um design bonito, toda a funcionalidade e a durabilidade que um móvel deve ter”, finaliza Vanessa.
Agora que você conferiu todas estas dicas sobre os puxadores, conheça também as corrediças para móveis.