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Indústria Moveleira em 2023: cenário é positivo mas exige cautela

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Economistas apontam caminhos para as indústrias e possíveis mudanças no consumo. Confira as dicas de especialistas!

Com a transição de Governo Federal, e com novos governadores em alguns estados, é normal que empresários sintam insegurança quanto aos rumos do mercado. Para a indústria moveleira, porém, o cenário a partir de 2023 é bastante positivo.

Um elemento que aponta isso é o consumo. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada em Dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas no comércio varejista teve alta de 0,4% de Setembro para Outubro.

A atividade que apresentou maior crescimento no volume de vendas no comércio foi, justamente, na categoria móveis e eletrodomésticos (2,5%).

Na indústria moveleira, assim como nas revendas e demais negócio do setor, é essencial se organizar para o cenário econômico.

Acompanhe agora as opiniões de especialistas sobre a economia para o setor moveleiro nos próximos anos.

2023: ano de ajustes

A tão temida inflação domina o cenário nacional há alguns anos, em todas as atividades econômicas. Primeiro como reflexo da pandemia, a maior expectativa de novas políticas econômicas é justamente no controle desse “monstro”.

Ricardo Balistiero, economista e Coordenador do Curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), explica que a inflação “corrói o poder de compra das pessoas de uma maneira geral, então claro que numa situação como essa a demanda por móveis e por utensílios domésticos tende a cair”.

O economista também comenta sobre o próximo ano: “2023 é um ano de ajustes com crescimento econômico baixo, um cenário de ajuste fiscal, de juros altos e de retomada da credibilidade internacional”.

Quem também opina sobre este assunto é o coordenador do curso de Ciências Econômicas da Universidade Cruzeiro do Sul, Prof. Dr. Nelson Calsavara Garcia Junior. Segundo ele, independentemente da mudança de Presidente da República, o rumo da economia de 2023 seria alterado.

“O governo não poderia continuar gastando o que gastou, com uma taxa de juros alta, que tem pressionado a dívida pública para novos aumentos na taxa de juros, enquanto há um aumento da pobreza extrema e a inflação ainda fora da meta”, analisa.

Garcia Junior complementa que “existe uma expectativa muito grande em um plano econômico que apresente uma proposta para a recuperação da desindustrialização, com vistas à geração de empregos formais”

Expectativas no consumidor

Balistiero explica que controle da inflação se traduz num aumento do poder de compra, e assim o cenário tende a melhorar.

“A perspectiva é boa para nossa economia para os próximos anos. Evidentemente que pode surgir um aprofundamento da guerra na Europa, pode surgir uma outra Covid, mas são fatos que não estão no radar nesse momento”, o economista considera.

“Pensando que vamos ter uma situação de normalidade no mundo, a tendência é que a partir de 2024 nós tenhamos uma melhora considerável de todos os indicadores econômicos do Brasil, com recuperação da renda, com o aumento do consumo, com atração de capitais externos. E que certamente vão representar boas perspectivas para todos os setores, inclusive o setor moveleiro.”

Dicas para gestores

E como os empresários podem se preparar para este novo momento na economia? Douglas Carvalho, Consultor Titular na Target Advisor, empresa especializada em Finanças Corporativas, “as empresas devem priorizar o crescimento do caixa e esperar até depois do carnaval para voltar a investir”.

“Não acredito que a nova equipe de governo fará grandes mudanças, inclusive para evitar o acaloramento da opinião pública. Entretanto, uma certa cautela nunca fez mal a ninguém”, recomenda.

Ricardo Balistiero compartilha algumas dicas para os empresários e gestores do setor moveleiro:

“A prioridade número um é aguardar os próximos sinais do governo de transição, e evitar, nesse momento, grandes saltos que estejam baseados apenas na euforia. Eu aguardaria os primeiros sinais, a montagem da equipe econômica, para aí sim os gestores poderem, de alguma forma, projetar o que será o ano de 2023 e depois, evidentemente com um pouco mais de cautela, pensar como seriam os três próximos anos do novo governo.”

Outra recomendação é o acompanhamento e planejamento a partir dos indicadores econômicos. Tanto na imprensa, com destaque para o jornal Valor Econômico, como em sites como InfoMoney, Banco Central e IBGE, é possível encontrar informações validadas sobre economia e consumo no Brasil.

“Essas são fontes seguras e que nos proporcionam uma quantidade de indicadores fundamentais para tomar decisões no dia a dia”, complementa Balistiero.

Como está o planejamento de sua indústria para 2023?

Aproveite e confira também a palestra Indicadores para a Indústria Moveleira em ForMóbile Xperience.

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