Dizer que o setor moveleiro vive uma desaceleração é um fato. Mas que não aconteceu de uma hora para outra e não necessariamente simboliza uma derrocada.
Vivemos um momento explosivo de demanda por móveis durante um dos períodos mais inusitados (e aterrorizantes) da história, puxado, como já falamos bastante, pelo isolamento social e a volta do olhar dos consumidores para o lar. Algo extremamente pontual.
Acompanhando os gráficos da indústria de móveis, no entanto, é possível perceber que a atual tendência de estabilidade já vem se arquitetando desde o início de 2021, permanecendo no mesmo ritmo ao longo do ano, com pequenas variações entre os meses. De acordo com os dados atualizados das projeções do IEMI - Inteligência de Mercado, o montante produzido em 2021 ficou próximo ao de 2020, espelhando um volume na ordem de 421,2 milhões de peças. Já em valores nominais, este número chega, preliminarmente, segundo o IEMI, a R$ 76 bilhões.
Apesar da estabilidade no volume produzido e do crescimento na receita da indústria moveleira no ano passado, porém, os indicadores apontam recuo de 3,9% no consumo interno aparente de móveis e colchões no Brasil, em número de peças. Em faturamento, por sua vez, o avanço é de 4,4%. Ou seja, o setor produz menos, vende menos e fatura mais, dado o reajuste inflacionário e tantas outras questões. Isto, sem ainda se falar das exportações, que cresceram na casa dos 50%, num ano memorável, alavancando o setor e colocando o mobiliário brasileiro no radar internacional.
Nesse cenário, as projeções para as vendas de móveis e colchões no comércio nacional fecharam o ano de 2021, portanto, com queda de 2,4% em volume de peças e alta de 6,3% em receita, na série com ajuste sazonal, seguindo o fluxo observado no setor. Números ainda a serem confirmados.
Se ganhar mais dinheiro é bom, manter o foco do consumidor na compra de móveis, porém, é uma missão mais do que necessária para o setor moveleiro, para que não sejam vítimas da própria ganância. Ambição e inovação são as palavras que devemos buscar, ao pensarmos e encontrarmos soluções para que a indústria fature cada vez mais, ao produzir e vender mais. Volume importa — e muito! — se quisermos criar um verdadeiro movimento de valorização do mobiliário no Brasil.
Painel Setor Moveleiro
E foi justamente com o objetivo de encontrar meios de manter os bons números e assegurar soluções inovadoras para o futuro da indústria, do varejo e da economia brasileira, que surgiu o PAINEL SETOR MOVELEIRO, evento itinerante organizado pela Plataforma Setor Moveleiro, que visa proporcionar uma visão integral do momento pelo qual o mercado de móveis atravessa, levando alternativas estratégicas para o futuro da cadeia do mobiliário no Brasil.
A primeira edição do painel ocorreu no dia 02 de fevereiro de 2022, como parte do Circuito Paranaense do Mobiliário, em formato híbrido. O evento presencial foi realizado na unidade do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Arapongas (PR), reunindo um público composto por mais de 100 empresários presencialmente, e outros milhares virtualmente, com a transmissão via YouTube chegando a registrar pico de audiência na casa dos 39 mil usuários, segundo as métricas da plataforma para transmissões ao vivo. Toda a dinâmica, incluindo palestras e mesa-redonda, está disponível na íntegra clicando aqui.
Continuando com a missão de colocar inovação e o compartilhamento de informação em voga para o fortalecimento do setor, o PAINEL SETOR MOVELEIRO chega agora à Ubá (MG), no dia 05 de abril de 2022. Entre o público-alvo do evento estão fabricantes, lojistas, fornecedores, arquitetos, designers, jornalistas, estudantes e outros tantos profissionais ligados à cadeia moveleira de dentro e fora da região.
PAINEL PRESENCIAL
Auditório do Intersind, em Ubá (MG)
PAINEL ONLINE
Para ter acesso a informações, dados, indicadores e análises diárias sobre o setor moveleiro, acesse: www.setormoveleiro.com.br
