Como você sabe, a produção de um móvel envolve diversas etapas, e a aplicação de tecidos é apenas uma delas. A cada ano, como acontece no segmento têxtil, há novas tendências em tecidos que acabam impactando no comportamento do consumidor e, consequentemente, na fabricação do mobiliário em si.
Estamos vindo de um momento em que o veludo se manteve em alta entre as opções de tecidos. Na sala, por exemplo, ele podia ser visto em sofás, cadeiras, assentos de cadeiras, pufes, poltronas e até mesmo nas cortinas. No quarto, ele também podia ser percebido no painel da cama, dando um charme todo especial para a peça.
De acordo com Wilson Pipoli, designer têxtil, o que está em alta atualmente, tanto na indústria moveleira quanto na arquitetura, são as texturas. “Em geral, elas levam fios de trama e urdume, que evoluem na horizontal e na vertical, fazendo um tramadão de fibras grossas”, comenta o especialista.
As texturas também são uma tendência mundial. Há cerca de dois anos, o mercado trabalhava bastante com matérias-primas mais chapadas, que eram os modelos mais lisos, contudo, as texturas vêm ganhando espaço por evidenciarem muito mais os tecidos, salientando, dessa forma, os fios de urdume e os de trama, por apresentarem fibras mais grossas, que podem dar um ar de sofisticação e rusticidade ao móvel. Elas também remetem ao tricô e à renda, que deixam a peça menos uniforme em termos de design.
Apesar disso, os tecidos planos (resultantes do entrelaçamento de dois conjuntos de fios que se cruzam em ângulo reto), que dão um ar mais clean, ainda seguem em alta.
Tipos de tecidos e de móveis
Para todo design de móveis, é possível encontrar um tipo de tecido que combina melhor. Os mais planos combinam com qualquer mobiliário, ficando bem em sofás, poltronas e os demais que requerem a matéria-prima. Mesmo usando as texturas, eles mantêm uma linguagem mais clean, conseguindo abranger todo o universo moveleiro.
Falando especificamente em tecidos, vemos como uma das tendências a utilização dos mais claros, que remetem à linguagem do linho, pois, tanto eles quanto as texturas, são perfis que agradam bastante o consumidor, sendo um “curinga” para a decoração de ambientes.
Em relação a isso, Wilson Pipoli faz uma ressalva. “No Brasil, ainda faltam tecidos de grande qualidade. Temos os importados, que são basicamente o poliéster, vendido pelos chineses, que acabam sendo tecidos mais próximos do linho, além de produtos mais sintéticos, pouco aconselháveis para o País. O ideal seria usarmos matérias-primas mais naturais, como um algodão, linho ou uma mistura do algodão com viscose”, esclarece.
Como aplicar as tendências em tecidos nos móveis?
Como as texturas estão em alta, a mistura de tecidos também é uma tendência para a fabricação de móveis. É possível utilizar um tecido totalmente chapado e combiná-lo com outro em uma poltrona aconchegante e vintage, por exemplo.
É permitido, ainda, o uso de mais de um tecido em um móvel, como, por exemplo, fazer uma mescla de um cinza claro e um cinza médio, sendo um texturizado e o outro chapado (dessa forma, é possível estabelecer uma harmonização).
Cada vez mais, o consumidor busca opções customizadas de móveis que reflitam a sua personalidade e traduzam um conceito único – e essas tendências em tecidos aderem completamente a esse comportamento.
Você já trabalha com alguma dessas tendências em tecidos na fabricação de móveis? Deixe sua mensagem nos comentários e até a próxima.