O processo de produção de um colchão exige atenção especial da indústria, pois além de atender as expectativas do consumidor é imprescindível que o produto não prejudique a saúde. Por isso, é preciso estar atento a três fatores essenciais: conforto, qualidade e durabilidade. E é justamente a questão do conforto que pode causar um nó na cabeça do novo empresário da indústria do colchão, pois nem sempre o consumidor sabe o que precisa.
“É muito comum o cliente relacionar conforto a maciez”, conta Maurício Refatti, diretor de marketing da Cia do Sono. Entender o que está por trás dessa afirmação, no entanto, está longe de ser uma dor de cabeça. Ao contrário, pode ser o grande segredo do entrante no mercado para melhorar a produção. O colchão pode até ser um pouco macio, explica Refatti, mas o corpo não pode penetrar na estrutura. Enquanto isso, no acabamento superior pode ter uma camada que proporcione a sensação de conforto. Assim, é fabricado um produto com estrutura firme, independentemente de ser de mola ou de espuma.
É preciso entender e conhecer o cliente para avançar nas oportunidades que o mercado oferece para empresas de todos os portes
Um colchão deve ser composto, então, por várias camadas, cada uma com densidade específica. A inferior garante a firmeza e a estabilidade, não podendo ser muito macia para não balançar e curvar a coluna. Já a da superfície oferece o conforto segundo o típico físico do cliente. A partir daí o consumidor opta pelo que mais se adequa ao seu perfil, escolhendo a densidade da espuma ou mesmo o tipo de componentes, como o látex ou o viscoelástico, de acordo com o peso e altura e garantindo maior vida útil do produto.
E, diante de tantas opções, a indústria precisa também entender a necessidade de seu consumidor, pois a maioria dos colchões comercializados com certo valor agregado tem como alvo o casal, afirma o especialista. “É mais de 60% do mercado de pessoa física no Brasil. E, nesse casal, boa parte dos colchões pode se adequar mais a um do que a outro, por conta do tipo de peso, da altura e de outras questões.” Então, é preciso entender e conhecer o cliente para avançar nas oportunidades que o mercado oferece, não só para médias e grandes empresas, mas também para quem atende uma demanda sob medida.